Bullying - É um assunto que o preocupa? Gostava de saber identificar os sinais de vítimas e agressores?
Antes de mais, é importante
perceber que o bullying é, por definição, uma forma intencional de violência
que se repete ao longo do tempo, com o objetivo claro de afirmar o poder do(s)
agressor(es) sobre a(s) vítima(s). Muitas vezes
associa-se bullying apenas a agressões físicas por ser o mais comum, no entanto,
existem outros tipos de bullying, sendo eles, verbal, psicológico, material,
cyberbullying e de carácter sexual.
Existem alguns sinais aos quais
se deve estar atento, pois podem ser indicadores de que os seus filhos estão a
ser vítimas de bullying ou de serem eles próprios os agressores.
Ir à escola pode ser dramático. E
não é por causa das aulas. O receio de ir à escola é um dos principais sinais
de alarme que deve ser tido em conta pelos pais. Neste tipo de situações, as vítimas
podem sentir-se incapazes, convencendo-se de que são merecedoras das investidas
dos outros. A vergonha é tanta que lhes falta coragem para falar e pedir ajuda.
Os pais devem redobrar a atenção para o comportamento dos filhos, uma vez que o
mais frequente é que os filhos manifestem o seu mal-estar de forma indireta. Segundo
Neto (2006), alguns dos sinais evidenciados pelas vítimas são:
·
tristeza,
angústia, melancolia (grande ansiedade, choro fácil, impulsividade, etc.);
·
diminuição
do aproveitamento escolar, notas mais baixas, falta de atenção, dificuldades de
aprendizagem fora do normal;
·
isolamento;
·
pesadelos
recorrentes;
·
marcas
físicas, como arranhões, cortes e/ou nódoas negras sem justificação;
·
pedir
dinheiro ou retirar dinheiro aos pais sem justificação;
·
material
escolar ou objetos pessoais danificados sem justificação;
·
queixas
invulgares de mal-estar, como náuseas, dores de cabeça, dores de barriga,
fadiga, etc.
Mas não são apenas as vítimas que
dão sinais do seu mal-estar. Os agressores também dão sinais com os
quais os pais se devem preocupar:
·
agressividade
e hostilidade com os irmãos e outros familiares;
·
sentirem
prazer em maltratar animais;
·
terem
mau perder ;
·
defenderem
sempre as suas ações como desculpas como “ele merecia”, “ele é que começou” ou
“foi só uma brincadeira”;
·
baixa
tolerância à frustração;
·
impulsividade;
·
irritabilidade;
·
fraco
aproveitamento escolar.
É importante desfazer o mito de
que o bullying é uma coisa de crianças em que os adultos não se devem envolver.
O conflito faz parte das etapas do desenvolvimento; a violência não.
No próximo texto daremos dicas
aos pais sobre o que fazer neste tipo de situações.
Ana
Pestana (Est. OPP Cédula nº 123146)
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